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Na mitologia Tupi-Guarani, Yby Marã E’yma significa “Terra sem males” e é uma espécie de paraíso. Os índios acreditam que é para lá que todos irão depois da morte.
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Série YBYMARÃ - Capítulo 2 - Petúnias
Ybymarã - A Cidade do Outro Lado
Capítulo 2 - Petúnias
O s três veículos – o sedan policial, a van dos pesquisadores e o carro da família – avançavam pela rodovia. Uma cidade despontava à frente, identificada por uma estilosa placa onde se lia “Seja bem-vindo a Ybymarã”. Algumas casas invulgares podiam ser vistas ao lado da pista, agora bem iluminada por potentes lâmpadas instaladas no alto de discretos e elegantes mastros. Tudo era construído com extremo esmero. Havia árvores com canteiros de flores extremamente bem cuidados nos calçamentos dos dois lados da rua. Petúnias estavam plantadas com destaque em um tipo de elevação nos canteiros. A pavimentação era tão perfeita que os veículos passavam praticamente sem trepidar. Não havia lombadas.
O lugar parecia ser bastante tranquilo e era muito limpo. Não era a parte densa da cidade, mas seus arredores. Mesmo assim, vários transeuntes podiam ser vistos. Muitos – homens e mulheres – usavam uma espécie de casaco que os protegia do frio; outros, uma jaqueta ou blusa. Alguns usavam uma espécie de bracelete largo.
O grupo estava na van, acomodado em um confortável banco na parte traseira, enquanto Lucas e Carina ocupavam os assentos dianteiros. No lado esquerdo, anexo ao banco da frente, havia um painel com diversos aparelhos. As duas janelas laterais traseiras que estavam ao lado do banco permitiam a visão do exterior. O veículo parou em uma das esquinas para permitir a passagem de outro veículo quando Ana reparou em um dos transeuntes. Era um homem, que usava um casaco que ia até o meio das canelas, deixando visível um par de botas, com um salto de alguns centímetros, que pareceram femininas para Ana. A van partiu e Ana observou o peculiar sujeito até sair de seu campo de visão. Ficou pensativa.
O grupo estava calado. Ninguém sabia o que os aguardava. Depois de quatro ou cinco longos quarteirões, a comitiva adentrou um complexo localizado na periferia da cidade. Ali também era um local muito limpo e bem cuidado. Os veículos estacionaram em frente a um dos edifícios, que aparentava ter três andares. Logo em seguida a porta da van foi aberta. Era Carina, que disse:
— Por favor, me acompanhem.
O grupo desceu. Tobias observou os outros dois veículos e pôde ver que o carro da família estava sendo dirigido por 297, que desceu com imponência do mesmo.
O local onde os veículos estavam era uma espécie de estacionamento com uma extensa cobertura, mas também havia gramado e canteiros de flores embaixo. Muitas petúnias estavam plantadas ali, mas algumas begônias também podiam ser vistas. Rafael tinha um olhar mais técnico e observou que ao redor da cobertura havia uma discreta borda protuberante. Concluiu que eram saídas de ar, pois alguns trechos dos canteiros de flores, cuidadosamente dispostos, agitavam levemente. As saídas proporcionavam uma cortina de ar que isolava a parte coberta o suficiente para que o local fosse climatizado e a temperatura ficasse agradável.
O grupo adentrou o edifício através de uma porta deslizante transparente, que abriu automaticamente. Dois grandes vasos com frondosas petúnias enfeitavam as laterais. O local estava agradavelmente climatizado e era uma espécie de saguão amplo. A arquitetura tinha linhas suaves e acolhedoras, quase toda branca, com detalhes em outras cores. Em uma das paredes havia uma pintura abstrata bastante colorida e harmoniosa. Aliás, tudo era harmonioso no ambiente, que tinha algumas ilhas com sofás e uma pequena mesa ao centro com um pequeno vaso de petúnias. Havia também vários outros vasos com multicoloridas petúnias que se misturavam quase simbioticamente à arquitetura do local.
Lucas os conduziu até uma das ilhas e disse:
— Por favor, esperem aqui.
Então Bruna comentou:
— Mamãe, eu tô com fome!
— É, eu também… – complementou Rafael, baixinho.
Lucas então ponderou:
— Verei o que posso fazer.
Ele e Carina entraram por uma porta e desapareceram. O grupo acomodou-se nos confortáveis sofás. Ana, intrigada, ficou observando todas aquelas flores.
Rafael, por sua vez, observou que havia um relógio-calendário preso na parede ao lado de onde estava. Levantou-se, esticou o braço e passou levemente os dedos por sobre o calendário. Percebeu que era um tipo de tela que apresentava o mês correto com o dia atual em destaque. Olhou para seu relógio de pulso e verificou que era a mesma data e hora, o que o deixou intrigado. Observando o filho, Tobias perguntou:
— O que foi, Rafael?
— Eles medem o tempo igual a nós. Veja o relógio. São 22:42. Igualzinho ao meu. A data é a mesma também. Só conseguir respirar em uma Terra paralela já seria improvável. Mas isso – apontou o relógio – é quase impossível. Além disso, falamos a mesma língua. Não faz sentido.
Ana continuava observando a grande quantidade de petúnias ali plantadas.
— Por que será que tem tantas flores aqui? – indagou.
Rafael virou-se e respondeu:
— Deve ser porque eles gostam de flores.
— Mas são todas petúnias – retrucou a mãe.
— São só flores, Ana – disse Tobias.
Ana fez uma expressão desconfiada. Foi então que uma moça adentrou o amplo recinto. Trazia uma bandeja com porções, quatro copos e um jarro que continha o que parecia ser algum tipo de suco. Após pedir licença, colocou a bandeja sobre a mesa que estava ao alcance do grupo. Ana observou a moça. Ela usava uma espécie de vestido branco que terminava pouco acima dos joelhos e era preso por um cinto. Lembrava vagamente um casaco de trincheira. Havia também uma espécie de botão quase na altura do pescoço e as mangas curtas tinham o mesmo tom salmão do cinto. Ana percebeu que o cinto e o botão eram as únicas coisas que prendiam a indumentária ao corpo. O conjunto era harmonioso e elegante. Um discreto volume em sua barriga indicava que estava grávida de alguns meses. Mas o que chamou mesmo a atenção de Ana é que a moça estava descalça.
— Boa noite. Sirvam-se à vontade. Sou Adeline.
Bruna, curiosa, perguntou:
— Mamãe, por que ela está descalça?
Ana envergonhou-se pela indiscrição da filha.
— Bruna, tenha modos!
Adeline respondeu:
— Não tem problema. Sapatos não são necessários aqui dentro e ficar descalça é mais confortável. Você é uma criança linda, sabia?
Estendeu a mão e fez uma suave carícia nos cabelos de Bruna. Parecia quase hipnotizada pela menina. Tobias e Rafael se entreolharam tentando entender a situação. Depois de alguns segundos, Adeline retomou a postura anterior, despediu-se e se retirou satisfeita. Bruna perguntou:
— Posso ficar descalça também?
Ana fez um sim meio hesitante com a cabeça. Bruna tirou os tênis. Alguns minutos depois, o grupo presenciou uma cena bizarra. Dois homens adentraram o recinto com uma roupa igual à da moça, exceto pela cor do cinto e das mangas, que tinham um tom agradável de cinza. Estavam descalços também. A presença dos dois chamou a atenção de todos; não tinha como não reparar naquilo, principalmente porque eram altos e musculosos. Tobias ponderou:
— Mas onde foi que viemos parar? Será algum tipo de manicômio?
Os homens permaneceram conversando baixo e a uma certa distância do grupo, de forma que não fossem ouvidos. Bruna, exaltada, comentou:
— Mamãe, eles estão de vestido!
Logo em seguida, juntaram mais duas pessoas à excêntrica dupla: eram Carina e Lucas e estavam trajados da mesma forma, mas era o amarelo que se destacava na vestimenta de Carina e azul-esverdeada na de Lucas.
Os quatro aproximaram-se da família. Rafael murmurou:
— Quando a gente acha que já viu de tudo…
Carina falou:
— Estamos aqui para conversar um pouco. Vocês já conhecem Lucas – Lucas acenou com a mão. – Já se depararam com os dois marmanjões ali também, Nicolas e Miguel – cada um deles também acenou. – Vocês os conheceram por 297 e 743 – novamente um aceno de cada um. – Normalmente, a identidade dos policiais é mantida em sigilo mas, devido à peculiaridade da situação, tive permissão para falar.
Nicolas então disse:
— Desculpe se os assustamos. Isso acontece de vez em quando no nosso trabalho.
Rafael comentou:
— Assustaram mesmo.
Os dois esboçaram um leve sorriso. Miguel parafraseou a si próprio:
— Fiquem calmos, cidadãos.
A frase saiu com a mesma entonação intimidadora de antes. Miguel prosseguiu:
— Nada melhor pra deixar os cidadãos nervosos.
Carina sorriu e, depois de alguns instantes, olhou para os três companheiros e disse:
— Podem ir; se precisar, eu chamo.
Os três se retiraram. Carina prosseguiu:
— Ficou decidido que serei a porta-voz e anfitriã de vocês. Lucas irá me auxiliar.
— Parece ser uma ótima escolha – ponderou Ana.
Carina sorriu. Tobias perguntou em tom levemente preocupado:
— E agora? O que farão com a gente?
— Bem, não sabemos quase nada sobre vocês, nem vocês sobre nós.
— Nisso eu concordo – ponderou Tobias.
— Mas já deu pra perceber que essas roupas incomodam vocês – fez um movimento indicando a própria vestimenta.
— Incomodar não é bem a palavra… – observou Ana.
— Se me permitem observar, suas roupas também são estranhas para nós.
— É justo – falou Ana, espontaneamente.
— Vamos fazer o seguinte: – continuou Carina – temos quatro quartos aqui que obtive permissão pra ceder a vocês. É o que podemos fazer no momento. Vou levá-los até lá – começou a andar.
— Por que tem quartos aqui? – perguntou Tobias.
— É para os pesquisadores. Alguns vêm de longe para trabalho temporário. Outros estão cansados e preferem dormir aqui de vez em quando. Aliás, vocês também parecem cansados. Descansem um pouco.
O grupo seguiu Carina, que entrou por uma das portas que dava para um largo corredor confortavelmente acarpetado. Ali também imperavam linhas suaves e harmoniosas. A cada três ou quatro metros havia um pequeno vaso com petúnias, que Ana observava atenta.
Virou à direita, entrando em outro corredor. Neste ponto, Rafael viu, no corredor oposto, um homem conversando com Adeline, conseguindo captar as seguintes palavras: “Por quê fez isso? Era arriscado ir ver a criança…”
Rafael ficou intrigado. Carina continuou:
— Peço desculpas, mas teremos que examinar o veículo de vocês. As informações serão mantidas em sigilo.
Tobias resmungou:
— Tudo bem. Não tem nada ultrassecreto lá mesmo…
Carina olhou para Tobias fazendo uma expressão não identificável.
— É aqui. Números 17, 18, 19 e 20. Vocês ainda não têm identificação, mas liberamos estes quartos para leitura biométrica. É só colocar a mão no sensor para a porta abrir.
Bruna escolheu um deles e foi até a porta deslizante. Colocou a mão no sensor e a porta abriu.
— Legal! – disse ela sorrindo.
Entrou no quarto, jogou o par de tênis em um canto e pulou na cama. A porta fechou. Ela olhou para a mesma e percebeu que o quarto era individual; então, foi tomada por um sentimento de insegurança. Aproximou-se da porta espalmando-a com as duas mãos e exclamou:
— Mãe!
A porta abriu. O grupo continuava no corredor. Correu até a mãe e a abraçou.
— Não quero dormir sozinha…
Carina, sorrindo, ponderou com carinho:
— Bruna, fique tranquila. Os quartos podem ser conjugados dois a dois. Venha, eu lhe mostro.
Entrou no mesmo aposento que Bruna escolhera. Em uma das paredes laterais também havia um sensor igual ao da entrada. Bruna colocou a mão, mas a porta não abriu. Carina então complementou:
— Ana, por favor, vá até o quarto ao lado. Tem um sensor do mesmo tipo.
Ana saiu e alguns segundos depois a porta estava aberta e Carina explicou como poderiam mantê-la assim. Explicou também que as portas externas eram travadas por dentro e como podiam usar uma espécie de “videofone” que estava nos quartos. Rafael estava distraído, vendo a irmã curtindo o lugar e não prestou muita atenção em Carina. Ela, então, conduziu Tobias e Rafael aos outros dois quartos. Ao abrir a porta, Tobias perguntou:
— Estes quartos também são conjugados?
— São sim.
— Pai, eu fico bem sozinho – ponderou Rafael.
Tobias sorriu. Carina, despedindo-se, disse:
— Amanhã conseguiremos aposentos mais adequados.
— Estes estão ótimos, obrigado.
— Qualquer dúvida, podem me chamar.
Os dois, então, entraram nos quartos. Rafael observou o aposento. Era amplo, mas não enorme. Sentou-se na cama. Era grande e confortável. Havia uma espécie de frigobar onde Rafael encontrou algumas garrafas com tampa rosqueada e abriu uma; era algum tipo de refrigerante com gás que ele experimentou, aprovando o sabor. Havia também algumas vasilhas herméticas que continham alguns tipos de porções. Rafael fechou o “frigobar”. Em cima havia uma espécie de cesta com várias frutas.
Ao lado, havia um roupeiro com duas portas articuladas. Ele as abriu, encontrando lá dentro alguns cabides cuidadosamente arranjados com os trajes característicos do local, em vários tamanhos diferentes. Os cintos e mangas tinham um tom claro e agradável de cinza. Estavam suavemente perfumados. Na parte inferior, Rafael identificou uma gaveta. Dentro dela encontrou uma espécie de “short collant” esportivo que não dava para identificar se era masculino ou feminino e um “top” esportivo claramente feminino. Ao observar aquilo, comentou para si mesmo:
— Só pode ser brincadeira…
Então sentou-se na cama para contemplar o recinto. Identificou as mesmas linhas suaves e harmoniosas características da arquitetura local. O ambiente era minimalista e agradável. Viu um pequeno vaso com petúnias em um dos cantos e murmurou baixinho para si mesmo:
— Essas pessoas são viciadas em flores.
Então um calafrio percorreu seu corpo e ele foi tomado por um sentimento de insegurança. Se deu conta de que estava sozinho naquele lugar. Observou a porta fechada e começou a imaginar que tudo poderia ser um engodo. Será que aquelas pessoas tinham alguma intenção oculta? Levantou-se devagar, olhando para a porta trancada. Dirigiu-se lentamente e temeroso até a mesma. Mil pensamentos passaram pela sua cabeça durante curto trajeto. Observou a parede à sua frente. Não havia sensor nem qualquer tipo de tranca que ele pudesse identificar. A insegurança começou a se transformar em medo. Levantou o braço com hesitação. Então apoiou a palma da mão direita no meio da porta. Pareceu uma eternidade para Rafael, mas ela abriu e ele assustou-se, dando um passo para trás. Fechou os olhos e murmurou baixinho para si mesmo:
— Estou imaginando coisas…
Então, um ou dois segundos depois, a porta começou a fechar. Num salto, Rafael bloqueou o movimento da mesma, que abriu novamente. Ele saiu e observou o extenso corredor. Estava vazio. Olhou para a direita e quase não via o fim. Apesar de bem iluminado, pareceu-lhe um tanto sombrio. Olhou para a esquerda. Estava vazio também. Um sentimento de solidão invadiu sua mente. Será que haviam sido separados de propósito? O medo que sentia começou a se intensificar. Olhou para cima e identificou, a alguns metros, algo no teto que parecia ser uma câmera de segurança.
— Estão nos observando… – falou baixo para si mesmo, e complementou: – O que será que querem de nós?
Sentiu mais um calafrio percorrer seu corpo. Decidiu ir até o quarto onde seu pai havia se instalado. Ao se afastar, a porta fechou. Rafael olhou para trás e ficou hesitante, mas prosseguiu. O trajeto pareceu longo, quase interminável. Colocou-se de pé em frente à porta do quarto e levantou o braço hesitante. Fechou e abriu lentamente os olhos, enquanto repetia para si mesmo que estava tudo bem. Mas não conseguia se convencer disso e o medo persistia.
Tomou coragem e colocou a mão no sensor. A porta não abriu. Depois de intermináveis segundos de hesitação, tentou mais uma vez. Continuou fechada. Um sentimento de desespero começou a lhe invadir a alma irrequieta. Procurou manter a calma o quanto pôde. Então bateu devagar, mas ela permaneceu imóvel. Engoliu em seco. O desespero começou a dominar seu espírito. Começou a bater com mais força e, quando se deu conta, estava batendo desesperadamente com as palmas das mãos na porta enquanto gritava:
— Pai!!! Você está aí?
Ajeitou as duas mãos ao lado da porta de modo a tentar deslizá-la de forma que abrisse. Tentou uma, duas, três vezes. Estava ofegante e ela permanecia imóvel. Depois de alguns longos segundos, ela abriu. Rafael assustou-se e deu um passo para trás. Do outro lado, seu pai estava de pé, segurando uma escova de dentes e com a boca ligeiramente branca.
— O que foi, Rafael? Você está bem?
— Você não respondia, Pai, e eu pensei que… – ligeira pausa. – Estava escovando os dentes?
— Ah, sim. Tem um banheiro aqui. Vou tomar um banho depois.
Rafael sentiu uma mão apoiar-se em seu ombro. Soltou um grito agudo e afastou-se num salto. Era Carina.
— Você está bem, Rafael?
— Não sei. Mais ou menos, sei lá… A porta não abria.
— Ela só abre por dentro depois que alguém entra. Gostaria de um sedativo leve? Você parece tenso.
— Não, estou bem. Pode deixar.
— Por que não usou o videocom?
Tobias tentava limpar o restante da pasta dental com as mãos. Ana e Bruna saíram do quarto.
— Está tudo bem, Rafael, o que houve? – perguntou Ana.
— Ele está tendo um piripaque – respondeu Tobias.
— Pai! – exclamou Rafael, ligeiramente envergonhado.
Então virou-se para Carina e perguntou intrigado:
— Videocom?
— É o aparelho de comunicação que mostrei. Se não entendeu como funciona, posso explicar de novo.
— Não precisa, eu me viro. Desculpem a bagunça…
Rafael virou-se, voltou para o quarto e se trancou lá, claramente envergonhado. Ana perguntou:
— O que ele tem?
— Nada, só deu um fora daqueles… Deixa ele, vai ficar bem – respondeu Tobias.
Então se dirigiu para Carina:
— Pode ir, está tudo bem.
Carina então se retirou. Em seu exílio particular, Rafael percebeu que havia uma outra porta que dava para um tecnológico banheiro. Suspirou. Havia um pequeno receptáculo onde estava escrito “Esterilizado”; dentro havia uma escova de dentes. Pegou a escova e examinou-a, escovando os dentes logo em seguida. Ao recolocar a escova no receptáculo, ouviu um ruído. Uma pequena luz vermelha acendeu e a inscrição mudou para “Esterilizando…”. Em seguida, tomou um banho, usando uma espécie de “bucha” que estava em outro receptáculo do mesmo tipo.
Saiu do banheiro e pegou, hesitante, um dos trajes do roupeiro e observou-o. Então o vestiu à guisa de pijama e deitou-se. As luzes apagaram, deixando o quarto com uma fraca iluminação cor de âmbar. O sono custou a chegar, mas Rafael finalmente adormeceu.
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